sexta-feira, 19 de março de 2010

TUCANOS E PETISTAS PAULISTAS

Os tucanos paulistas estão num beco sem saída. No mínimo não se opuseram ao caráter plebiscitário das eleições presidenciais articulado pelos petistas paulistas.
Ambos, tucanos e petistas paulistas, buscavam um atalho, um caminho mais fácil na disputa do Planalto: evitar a discussão política, o debate democrático aberto a todos os partidos, reduzindo a disputa a duas siglas, a dois nomes. E o pior, sem pensar no futuro, no Brasil pós-Lula, olhando para traz, examinando os governos FHC e Lula.
O governador Aécio Neves foi o único tucano a se opor com firmeza, contra o plebiscito. E dada a força do Presidente Lula, a conotação plebiscitária das eleições de 2010, vai crescendo e corroendo a política brasileira. Apesar do posicionamento contrário de Ciro Gomes, Marina Silva e de Aécio Neves.
Grande parte do PIB brasileiro é operado na Avenida Paulista, eles se habituaram a dar as cartas nas decisões políticas. Aceitaram ou engoliram Lula por causa da Carta ao Povo Brasileiro e pelo avalista na vice-Presidência, José de Alencar.
Essa parte substancial do PIB nacional, contribuiu para que não houvesse prévia entre Aécio Neves e José Serra. Agora está constrangida, diante da possibilidade de derrota de Serra e ascensão ao Planalto de uma mulher ex-guerrilheira urbana. O que fazer agora.
A Avenida Paulista tem duas saídas: ou se contenta com um Meirelles na vice, ou exige que Serra continue em São Paulo. Mas quem vai aceitar na última hora disputar com a Dilma do todo-poderoso Lula? Aécio Neves? Pode ser, mas enquanto isso não acontece, a Avenida Pauista continua num beco sem saída. O Plebiscito dos petistas e tucanos paulistas vai minando o Brasil, a democracia e a soberania do povo brasileiro, no sentido que dava a essa expressão, o saudoso Darcy Ribeiro.
Acabo de encontrar um velho amigo, o ex-ministro Camilo Penna. Fico feliz de saber que ele, com sua sabedoria, concorda com essa análise e argumentação.

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