domingo, 27 de setembro de 2009

GASMIG - CEMIG - PETROBRAS - PBH

Sai José Carlos de Mattos! Entra Márcio Augusto Vasconcelos Nunes! No Mineirão? Não! Na Companhia de Gás de Minas Gerais, Gasmig. A transmissão de cargo se dá com uma presença que chama atenção de todos: Guy Vilela - o pioneiro do gás em Minas, o primeiro presidente da Gasmig. Durante a leitura e assinatura do termo de posse - presentes o secretário Sérgio Barroso, o presidente Djalma Bastos de Morais e o vice-prefeito Roberto Carvalho, entre outros, muita coisa significativa foi lembrada na tribuna.
A Gasmig cresce cantada em prosa e verso, como pedra angular para o desenvolvimento de Minas. O gás dá uma nova dimensão estratégica ao processo industrial e a economia de Minas.
A história da Gasmig começa ha 26 anos, quando meia dúzia de visionários acreditaram na sinalização do gás metano nos lixões de BH: Antônio Otávio, Rondon Pacheco, Aureliano Chaves (ministro na época) Osíris Silva (na Petrobras) Sérgio Ferrara (prefeito) e Guy Vilela (primeiro presidente). Mais tarde, Itamar Franco como Presidente da República dará inegável apoio.
Caberá ao Governador Aécio Neves definir que gás natural não é negócio do futuro: Gás já! Ele define a indústria do gás como fator essencial ao desenvolvimento econômico e social e a situa entre os projetos estruturadores da economia mineira. E para não ficar só nas palavras envolve instrumentos eficazes: Cemig, Gasmig, Petrobras, PBH. As linhas mestras foram traçadas pelo próprio governador. É dele também a iniciativa de alocar recursos antes de iniciar uma obra.
A dissiminação do gás em nosso Estado traz as marcas do desempenho, da transparência, da dedicação de José Carlos de Mattos. As metas são ousadas, colocando o produto na ponta de comercialização, atingindo os pontos de demanda, o consumo doméstico e os polos de desenvolvimento industrial espalhados num Estado da dimensão do nosso: Triânglo, Sul de Minas, Vale do Aço, Poços de Caldas, Região Metropolitana de BH, Vale do Rio Doce e Mucuri. No entender do Presidente Djalma Morais, caberá a Márcio Nunes substituir José Carlos e dar continuidade com transparência e tenacidade às metas estabelecidas. São dois desafios. O novo diretor-presidente da Gasmig é gaúcho de Passo Fundo, veio jovem para o Rio. Nos últimos quatro anos, ocupou-se de saneamento na Copasa - familiarizando-se com Minas. Anteriormente acumulou grande experiência no setor energético. O presiente Djalma enfatizou também a interface com a Petrobras a ser mantida.
Foram muito lembrados os secretários Márcio Lacerda, Wilson Brunner e Sérgio Barroso - pelo empenho demonstrado na evidenciação dos quatro lotes da Bacia do Rio São Francisco e todo avanço da Gasmig.
O Secretário de Desenvolvimento, Sérgio Barroso enalteceu José Carlos de Mattos e Márcio Nunes: Ele vê a Gasmig como uma forja de campeões. Insistiu em mostrar a matriz energética do gás como um indutor do desenvolvimento econômico. Atrae grandes indústrias, ampliando o desenvolvimento industrial.
É inegável a necessidade do gás para o crescimento industrial. Inegável também que ele pode nos introduzir numa nova fase de desenvolvimento. Mas fica a esperança de que nesse "novo momento econômico de Minas" a sustentabilidade da sociedade mineira não seja considerada como uma exterioridade ao processo de desenvolvimento e sustentabilidade sócio-ambiental devem estar entrelaçados num mesmo processo, num mesmo projeto.
José Carlos de Mattos não deixou de alfinetar a ministra Dilma Roussef, quando afirmou, há algum tempo, que "quem investir em gás, estará fadado ao fracasso". Minas prova o contrário, na medida em que a disseminação do gás avança.

FÓRMULA PROVERBIAL: 6+1

"Javé detesta seis coisas, e a sétima ele abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina planos perversos, pés que correm para a maldade, testemunha falsa que profere mentiras e aquele que semeia discórdia entre os irmãos. Meu filho, guarde os preceitos de seu pai e não despreze o ensinamento de sua mãe. Conserve-os sempre vivos na memória e amarre-os no pescoço. Desse modo, quando você caminhar, eles o guiarão; quando você descansar, o guadarão; e quando você despertar, eles falarão com você." Provérbios 6, 16 - 22.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PSB DE MINAS

Sábado - 19 de setembro: Encontro do PSB, que tem em Minas 120 vereadores, 13 prefeitos, 26 vice-prefeitos, três deputados estaduais e um deputado federal, 461 comissões provisórias espalhadas em todas as regiões do Estado. Dezenas de militantes lotaram o plenário da Câmara Municipal de BH. Os dirigentes Mauro Lobo e Isaías Silvestre informaram os presentes sobre o andamento do partido, especialmente a formatação de chapas para deputado federal e estadual. Aumentar o número de parlamentares federais é fundamental para se receber mais recurso e ter direito a mais tempo na TV. Ciro Gomes e o prefeito Márcio Lacerda - introduzidos no plenário pelo presidente Wander Borges foram muito aplaudidos: "Brasil urgente, Ciro Presidente". Muitas faixas saldando a vinda dos socialistas do interior. Três grandes banners: Miguel Arraes, o pré-candidato ao Senado e um terceiro de Ciro Gomes e Tilden Santiago. Para Ciro, não existe projeto nacional sem Minas! Falou claramente como candidato à presidente da República. Todo mês dedicará dois dias a Minas Gerais daquí para frente. O PSB mineiro já optou por chapas próprias para deputado federal e estadual e indicou o ex-embaixador Tilden Santiago para uma vaga ao Senado. O partido está disposto a estabelecer aliança para disputa a governador. Já tem recebido nos bastidores convites (pressões?) do PT, do PSDB e do PMDB. No encontro da Câmara Municipal, vários oradores fizeram alusão a candidatura própria ao Palácio da Liberdade, inclusive, sugeriando nomes: Mauro Lobo, Professora Guida, a reitora Ana Lúcia Gazzolla, Leo Antunes e Wander Borges, Raul Messias, Artur Viana e outros. Tanto a candidatura de Ciro como uma possível candidatura a governador, são um sinal claro de que o PSB quer oferecer projeto próprio para a fase vindoura pós-Lula e pós-Aécio.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Blog Leonardo Borges - Jornal O Tempo

Senado 2010 em Minas; duas vagas e muita contabilidade política
Por Rafael Gomes, no O Tempo:A próxima eleição para o Senado tem a peculiaridade de permitir que uma mesma coligação lance dois candidatos. Se por um lado isso abre a possibilidade de conquistas das duas cadeiras em jogo, por outro, há o risco de se perder as vagas com a divisão dos votos dos eleitores entre candidatos com plataformas parecidas. Esses fatores também são analisados na hora de se compor o quadro de candidatos.Um exemplo disso foi o que ocorreu em 2002 quando a diferença entre os quatro primeiros colocados foi de pouco mais de 7% dos votos. Naquela época, PSDB e DEM se uniram em torno da candidatura de Aécio Neves (PSDB) ao governo, mas tiveram Eduardo Azeredo e Zezé Perrella como candidatos ao Senado, porém apenas um obteve sucesso.Azeredo ficou em primeiro, com 25%, seguido de perto pelo também eleito Hélio Costa (PMDB), com 22,2%, e por Tilden Santiago (PT), com 20,5% – PT e PMDB não foram coligados em 2002. Perrella ficou próximo da vaga com 18,3% dos votos.No caso de Aécio Neves ser candidato ao Senado em Minas, ele já teria sua vaga garantida no PSDB. Sem Aécio, os partidos de oposição ao presidente Lula poderiam trabalhar por Eduardo Azeredo (PSDB) e Itamar Franco (PPS). No entanto, os dois podem “dividir” a preferência do eleitorado da oposição colocando em risco o resultado de ambos.PT e PMDB também poderão sofrer o mesmo problema em 2010. Caso os dois partidos lancem candidatos ao Senado, eles poderão dividir os votos da base aliada do presidente Lula. Nesse caso, se Aécio concorrer ao Senado, a situação pode ficar ainda mais perigosa. Os candidatos do PMDB e do PT teriam que enfrentar o governador tucano e, possivelmente, o ex-presidente Itamar Franco.
Partidos articulam candidaturas
Outros nomes da política mineira poderão esquentar a briga pelo Senado, entre eles, o vice-presidente José Alencar (PRB). Ele disse que pretende disputar o cargo caso se recupere do câncer. Já o DEM estuda lançar o deputado Carlos Melles. A deputada Jô Moraes (PCdoB) também poderá concorrer, com o possível apoio do PMDB. Clésio Andrade, ex-vice governador de Minas, estuda a candidatura pelo PR. O presidente da Assembleia de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), também avalia sua pré-candidatura. Já Tilden Santiago deve tentar se eleger pelo PSB.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MARINA

A senadora Marina Silva - hoje no PV - colocou um gesto corajoso dentro da rotina mórbida, sem encantos, do atual momento político. Aliás, só entende plenamente este gesto, quem ainda não se entalou com a obsessão da conquista e manutenção do poder. Essa "Silva", que vem de grande tribulação da floresta amazonica, do seringal, da enxada, da luta política e ambiental pela vida, junto com Chico Mendes, da luta espiritual que sustenta a Teologia da Libertação.
Duas consequências de seu gesto: 1) O processo eleitoral em andamento, transforma-se numa grande aula política popular com o debate de várias propostas de um "Projeto Brasil" para o pós-Lula. É o fim da bipolarização entre dois partidos, duas pessoas, o que diminue a riqueza de uma disputa política nacional. 2) Marina, com suas convicções, leva a população brasileira a entender a necessidade de se construir um projeto que tenha como eixo central, a solução da problemática sócio-ambiental no mundo.
Agora, com Marina no cenário político nacional, somos convidados a iniciar uma mudança de paradigma, questionando o modo de produzir e de consumir em voga. Ela nos leva a pensar a sociedade e a natureza a médio e longo prazo. Agora, a bipolaridade será entre o novo e o velho - entre a ganância do lucro e o consumismo e o humanismo integral, vazado num novo projeto de desenvolvimento em que o cuidado ecológico não seja exterior, algo só para curar dores de consciência, coisa para inglês ver! É bom entender que a possível candidatura de Marina à Presidência se coloca para ela em segundo plano, em primeiro vem a busca de soluções a problemas como o aquecimento global, o desmatamento criminoso, os processos produtivos altamente poluentes, a contaminação dos alimentos, os agrotóxicos, o fim da agricultura familiar, o reles pragmatismo produtivista e consumista, o desaparecimento das espécies.
Alguns analistas apontam para a impossiblidade de Marina se eleger presidente, pela fragilidade política do PV e outros fatores da racionalidade política. Mas existem os Leonardos Boffs da vida, que acreditam na emergência de uma grande onda, um verdadeiro tsnami, que faça do Brasil de Marina um propulsor ecológico do mundo. Esse movimento, como o "lavassale" (onda, no dialeto do Haiti) que levou a Aristides, o sacerdote negro ao poder. Uma coisa é certa, Marina reintroduziu o sonho, a utopia dos anos 80 na política atual.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

LULA, AÉCIO MARINA E CIRO

É inegável a força política acumulada nos últimos oito anos, pelo presidente Lula no Brasil e pelo governador Aécio Neves em Minas Gerais. Isso tem levado inúmeras lideranças, dirigentes, mandatários petistas mineiros, a vaticinar uma vitória nacional do presidente e estadual do governador nas próximas eleições.

Esse tipo de previsão nasce de petistas pragmáticos que já vêem como fator preponderante no processo eleitoral, o domínio da máquina, o uso da caneta. Também o fato de viver hoje o PT mineiro, desencontros e uma divisão profunda.


Mas tal previsão não deixa de ser um reconhecimento do prestígio junto à população e da força política do Presidente Lula e do governador Aécio Neves. Faz muito tempo, o Lulécio foi um fato inegável, confirmando o que afirmamos antes.


Profetizar o resultado de eleições com tamanha antecedência, é um risco. E algumas circunstâncias dificultam ainda mais essa ousadia. Com o gesto da senadora Marina Silva, a desejada bipolarização PSDB x PT tende a diminuir. Inclusive com Ciro Gomes abandonando a veleidade de ser governador em São Paulo, levando o PSB a priorizar sua candidatura a Presidência da República.


Outra circunstância decorrente da primeira, é a introdução do debate político, da discussão de uma pluralidade de projetos para o período pós-Lula e pós-Aécio que virá. Mais importante do que vaticinar resultados, é que o processo eleitoral se transforme numa grande aula política para o povo brasileiro. E parece que isso começa a acontecer.

domingo, 6 de setembro de 2009

EMBAIXADA EM CUBA - Apontamento 1

Carrego na lembrança, apontamentos para um livro de memórias que nunca escreverei.
Pouco antes das eleições de 2002, já se celebrava a vitória nas ruas centrais de Varginha: “Brasil Urgente, Lula Presidente”! A passeata eleitoral chegava ao fim. Tínhamos um intervalo de uma hora para iniciar o comício. Caminhava como candidato ao Senado ao lado de Lula. Ele sussurrou aos meus ouvidos: “Vamos esperar o comício molhando desde já a palavra...”
_ “Lula, estamos crescendo nas pesquisas de semana para semana. É certo que você será nosso presidente e se esse ritmo de crescimento nas pesquisas continuar, já me sinto Senador de Minas e de você. Se isso não acontecer, como poderei contribuir com nosso governo? No Jequitinhonha, na Amazônia, no Velho Chico, No Pantanal, no Nordeste, Onde?
_“Vou mandar você para a Palestina, onde você já viveu na juventude. Vamos criar lá nossa Embaixada”
_”Mas então você vai ter de me arranjar uma metralhadora, porque lá é bala voando para todo lado”
_”Não! Vou enviá-lo como mensageiro da paz.” Pensou um pouco antes de me revelar sua sugestão, que mais tarde virou determinação:
_”Vou te mandar para Cuba, já que você é metido à socialista”.
Um mês mais tarde, logo após o primeiro turno, Lula veio vitorioso a Minas, para agradecer o apoio de Itamar Franco. No palácio da Liberdade, ele me pegou pelo braço e se dirigiu ao governador: “Itamar, estou com dúvida atroz: não sei se mando see ex-secretário do Meio Ambiente para a Palestina, ou para Cuba.”
_”Manda para a Palestina, ele já viveu lá, sugeriu o governador. Mas Hélio Costa já vitorioso para o Senado, entrou na conversa: “Ele é latino-americano, seu lugar é na Ilha de Fidel.”
Algumas semanas mais tarde, com a vitória definitiva de Lula, foi da boca do Senador e amigo Aloísio Mercadante, que recebi a notícia: “Não se iluda, mineirinho. O ministério do Meio Ambiente já é de Marina e a Embaixada de Cuba, dependendo do teste no Senado, será sua.”
Na semana passada, encontrei Marina em Brasília. Relembramos este e outros momentos felizes dos 30 anos de PT. Serei sempre reconhecido ao Presidente Lula pelos anos que vivi em Cuba, como Embaixador do Brasil. E também ao eleitorado mineiro, pelos quase três milhões e meio de votos que motivaram o gesto companheiro e generoso do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

INSERÇÕES NA TELEVISÃO

A ética, que sempre foi importante, hoje, diante da crise política, se fez imprescindível. O PSB está pronto para seguir por novos caminhos, através de seu princípio básico, que é o socialismo democrático.
Prova disso é a Lei Capiberibe, um sinal de nosso empenho pela transparência das contas públicas.
É preciso dar exemplo aos adolescentes e jovens sobre o verdadeiro conceito da política, aquela feita para o bem do povo e não para os bens dos políticos. É preciso crescer sim, mas com solidariedade, com igualdade de direitos, com respeito á natureza, e principalmente, com honestidade.

FREI BETTO

"Eu vim para semear. Não nascí para colher." Frei Betto não apenas leu Che Guevara, ele vivencia essa convicção do guerrilheiro heróico. Nesse sentido, vem semeando livros, palestras, exemplos pelo Brasil e pelo mundo afora. Estive recentemente em Pedro Leopoldo a convite de meus amigos Xandão e Guida, para ouvir e homenagear meu irmão de caminhada no Movimento Fé e Política, nas CEBs, na Teologia da Libertação, na ALN de Carlos Marighella, na resitência à ditadura, no PT por quase 30 anos e agora, na luta, porque a luta continua sempre.
A igreja matriz de Pedro Leopoldo estava lotada. Eis algumas sementes que o dominicano espalhou por aquela boa terra:


*Quanto menos utopia, mais drogas, quanto mais utopia, menos drogas. Não dá para viver sem sonhos.


*Jesus curava sem antes perguntar ao fulano se ele tinha fé. Foi assim com a samaritana, com a cananéia e com o centurião pagão.


*A escola, a família, o Estado e a religião (as igrejas) são instituições em crise, porque vivemos um tempo de mudança de época: a modernidade está dando lugar à pós-modernidade. Como a idade média deu lugar ao modernismo.


*A modernidade fracassou para 1/3 da humanidade. Apenas 20% se beneficiou, 80% foram excluídos. De seis bilhões de humanos, quatro bilhões vivem abaixo da linha de pobreza.


*Vivemos uma crise de valores, uma crise de ética.


*Hoje, a busca é de uma espiritualidade e não de uma instituição religiosa. Daí a crise das igrejas.


*O paradigma de sociedade gerado na modernidade está desaparecendo para dar lugar a um novo paradigma.


*A prioridade na modernidade é o mercado, tudo virou mercadoria. Se não reagirmos à idolatria do mercado e ao consumismo, o caminho estará aberto à barbárie e a dominação.


De volta a Belo Horizonte, na estrada que liga BH ao aeroporto de Confins, José Arnaldo, meu cunhado ao volante, repetia muitas das idéias semeadas por Frei Betto. Terra boa, o coração de José Arnaldo. Ia me esquecendo de uma última semente de Frei Betto, mas ele me lembrou: o homem se orgulha de ter pousado na lua. Mas não se envergonha de não fazer pousar o alimento no estômago de milhões de crianças.