terça-feira, 25 de agosto de 2009

ALAIN BADIOU

Trata-se do filósofo, pensador, escritor francês que pregava a "politique sans parti". Falar de política sem partido, me parecia coisa de intelectaul francês. Aqui na América Latina, onde a democracia, com dificuldade se constroi, o partido político sempre me pareceu algo indispensável. A amizade de Badiou com psicanalistas mineiros, acabou motivando viagens suas ao Brasil. Chamou sua atenção, a existência de dois partidos brasileiros: o PSDB e o PT. Observou e analizou a evolução das duas siglas. Aprofundou a compreensão das características próprias de cada uma. E chegou à conclusão, a partir de sua visão de mundo esquerdista, que o melhor para o Brasil era que o PSDB governasse e o PT permanecesse com seus valores originais, uma força política operando no seio da sociedade, sem se contaminar com o "pragmatismo excessivo" do poder.
A partir de 2005, com mensalão, incremento da absolutização do poder, alianças espúrias pela volúpia dos cargos, com a ética e a ecologia jogadas no lixo, com os atos secretos do senado, com os afagos de Lula a Collor, Renan e Sarney, comecei a me perguntar se Alain Badiou não tem razão. Quem sabe se a "Politique sans Parti" não poderia ser pensada e experimentada no Brasil?

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