Sai José Carlos de Mattos! Entra Márcio Augusto Vasconcelos Nunes! No Mineirão? Não! Na Companhia de Gás de Minas Gerais, Gasmig. A transmissão de cargo se dá com uma presença que chama atenção de todos: Guy Vilela - o pioneiro do gás em Minas, o primeiro presidente da Gasmig. Durante a leitura e assinatura do termo de posse - presentes o secretário Sérgio Barroso, o presidente Djalma Bastos de Morais e o vice-prefeito Roberto Carvalho, entre outros, muita coisa significativa foi lembrada na tribuna.
A Gasmig cresce cantada em prosa e verso, como pedra angular para o desenvolvimento de Minas. O gás dá uma nova dimensão estratégica ao processo industrial e a economia de Minas.
A história da Gasmig começa ha 26 anos, quando meia dúzia de visionários acreditaram na sinalização do gás metano nos lixões de BH: Antônio Otávio, Rondon Pacheco, Aureliano Chaves (ministro na época) Osíris Silva (na Petrobras) Sérgio Ferrara (prefeito) e Guy Vilela (primeiro presidente). Mais tarde, Itamar Franco como Presidente da República dará inegável apoio.
Caberá ao Governador Aécio Neves definir que gás natural não é negócio do futuro: Gás já! Ele define a indústria do gás como fator essencial ao desenvolvimento econômico e social e a situa entre os projetos estruturadores da economia mineira. E para não ficar só nas palavras envolve instrumentos eficazes: Cemig, Gasmig, Petrobras, PBH. As linhas mestras foram traçadas pelo próprio governador. É dele também a iniciativa de alocar recursos antes de iniciar uma obra.
A dissiminação do gás em nosso Estado traz as marcas do desempenho, da transparência, da dedicação de José Carlos de Mattos. As metas são ousadas, colocando o produto na ponta de comercialização, atingindo os pontos de demanda, o consumo doméstico e os polos de desenvolvimento industrial espalhados num Estado da dimensão do nosso: Triânglo, Sul de Minas, Vale do Aço, Poços de Caldas, Região Metropolitana de BH, Vale do Rio Doce e Mucuri. No entender do Presidente Djalma Morais, caberá a Márcio Nunes substituir José Carlos e dar continuidade com transparência e tenacidade às metas estabelecidas. São dois desafios. O novo diretor-presidente da Gasmig é gaúcho de Passo Fundo, veio jovem para o Rio. Nos últimos quatro anos, ocupou-se de saneamento na Copasa - familiarizando-se com Minas. Anteriormente acumulou grande experiência no setor energético. O presiente Djalma enfatizou também a interface com a Petrobras a ser mantida.
Foram muito lembrados os secretários Márcio Lacerda, Wilson Brunner e Sérgio Barroso - pelo empenho demonstrado na evidenciação dos quatro lotes da Bacia do Rio São Francisco e todo avanço da Gasmig.
O Secretário de Desenvolvimento, Sérgio Barroso enalteceu José Carlos de Mattos e Márcio Nunes: Ele vê a Gasmig como uma forja de campeões. Insistiu em mostrar a matriz energética do gás como um indutor do desenvolvimento econômico. Atrae grandes indústrias, ampliando o desenvolvimento industrial.
É inegável a necessidade do gás para o crescimento industrial. Inegável também que ele pode nos introduzir numa nova fase de desenvolvimento. Mas fica a esperança de que nesse "novo momento econômico de Minas" a sustentabilidade da sociedade mineira não seja considerada como uma exterioridade ao processo de desenvolvimento e sustentabilidade sócio-ambiental devem estar entrelaçados num mesmo processo, num mesmo projeto.
José Carlos de Mattos não deixou de alfinetar a ministra Dilma Roussef, quando afirmou, há algum tempo, que "quem investir em gás, estará fadado ao fracasso". Minas prova o contrário, na medida em que a disseminação do gás avança.
Concordo plenamente com a pissibilidade alavancadora do gás na industria mineira, entretanto há de se arrumar a casa internamente. A Gasmig devido a diversidade de empregados em um mesmo ambiente de trabalho, dificultasse o foco no negocio, pois temos empregados da Cemig, Gasmig e Petrobras em um mesmo ambiente com objetivos diferentes. Espero que o novo presidente consiga equalizar este processo. Desejo-lhe sucesso.
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