O nome do vice-Presidente emerge com força para governador de Minas. Gilberto de Carvalho, o político mais próximo de Lula e José Eduardo Dutra, Presidente Nacional do PT acabam de defender sua indicação. Ambos certamente estão dando o recado do Presidente Lula.
Há poucas semanas, visitei José de Alencar em Brasíia, mais como amigo do que como pré-candidato do PSB de Minas ao Senado. Fui congratular-me com ele pela regressão dos tumores. Mas dois políticos mineiros, quando se encontram, não conseguem silenciar sobre política.
O vice-Presidente me disse que existem dois pareceres que condicionam sua participação nesse processo eleitoral: de seus médicos e de Lula.
Lamento que sua candidatura seja vista quase só pelo ângulo da unidade da base do governo em Minas. Lamento também a pressa desreipeitosa com que alguns se oferecem para ser candidatos a vice-governador.
Seria realmente uma honra e um bem inegável para o povo mineiro tê-lo no Palácio da Liberdade, não só como instrumento de unificação das forças do governo, mas pelo que ele é.
Conhecí José Alencar na Fiemg em meados dos anos 70, quando saí da prisão política e fui trabalhar no Diário do Comércio, entrevistando-o como repórter, graças ao saudoso José Costa, seu grande amigo. Cobria na época, reuniões das classes produtoras, como se dizia: Fiemg, Associação Comercial, União dos Varejistas, CDL.
Em 2002 participei do grupo de petistas mineiros que levou seu nome a Lula. Jamais esquecerei o dia e as circunstâncias em que as coisas se amarraram definitivamente. Voltávamos com Lula da CNBB para o apartamento funcional dos deputados federais meus colegas, Jair Meneghelli e Paulo Rocha. Lula já havia jogado a toalha, com relação a Alencar na vice. Foram retomadas as negociações com a presença dos líderes do PT e do PL. Tudo acabou em festa, Lula, Alencar e Waldemar da Costa Neto presentes.
Acostumei a visitar Alencar sempre que vinha de Cuba a Brasília, para saborear a sabedoria desse mineiro que o Brasil viu crescer como líder empresarial e político.
Passei 12 anos em seminários em Mariana, em Roma e Jerusalém. Viví dez anos como padre-operário testemunhando o evangelho nas fábricas, nos sindicatos, nas favelas. Mas hoje, eu é que me sinto evangelizado por José Alencar, quando ele fala do câncer, da morte, da vida e de Deus. O Zé sabe confiar no Clementíssimo, sem deixar de fazer sua parte na luta pela vida, dele e dos brasileiros. Visto a túnica festiva para lhe dizer, Zé Alencar, como um novo salmista: "Você que habita ao amparo do Altíssimo,/ e vive à sombra do Onipotente,/ diga à Javé: Meu refúgio, minha fortaleza,/ meu Deus, eu confio em Ti." (Salmo 91,1s)
Neste mesmo dia, 16 de dezembro, o Vice José Alencar homenageou o povo judeu, recebendo líderes religiosos e políticos em seu gabinete.
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